Djamila Ribeiro
- Larissa Mancia
- 27 de nov.
- 2 min de leitura
Uma Voz do Feminismo Negro
Nascida no litoral paulista e com a atuação focada principalmente no feminismo negro, Djamila Ribeiro escolheu uma das plataformas mais democráticas para expor sua voz: a internet, e se tornou uma espécie de guia da nova geração.
Como a maioria das meninas negras, Djamila também sofreu com o racismo. Filha de uma mulher ativista e batalhadora, ela aprendeu a lutar cedo. Seu pai, embora não tivesse concluído o ensino médio, sabia que a educação poderia proporcionar outra vida aos filhos. Por isso, lia histórias à noite e dava livros de presente.
Djamila Ribeiro por Galeria da Lalo e Djamila/racismoambiental.net
Quando fez 18 anos, foi trabalhar na biblioteca da ONG Casa de Cultura da Mulher Negra e, depois, na revista da entidade. Ali, teve contato com livros, artigos e pensadoras negras, e também teve a oportunidade de participar das edições do Fórum Mundial Social de 2003 e 2004. Aos 24 anos, engravidou e largou o curso de jornalismo. Só retornou à faculdade aos 27, dessa vez para cursar filosofia na Unifesp, onde também fez mestrado em filosofia política, estudando autoras negras do feminismo.
Aos poucos, Djamila passou a escrever suas ideias em posts nas redes sociais, até que, em 2013, foi convidada para escrever para o “Blogueiras Negras”. Seus textos rapidamente se espalharam no espaço digital, e ela também foi convidada para escrever em revistas e participar de programas de TV. Toda essa projeção deu uma dimensão enorme a seus pensamentos, e ela começou a lotar salas de palestras. Em 2016, foi convidada pelo então prefeito Fernando Haddad a ser secretária adjunta de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo. Apesar de ter ficado apenas 8 meses na pasta, até a troca de gestores, ela ressalta a importância de ter ocupado esse espaço:
Para que a gente deixe de ser só beneficiário das políticas públicas e seja quem as pensa, pois sabemos onde dói mais.
Trechos retirados e inspirados no livro Extraordinárias - Mulheres que Revolucionaram o Brasil [Ed. Seguinte I 2019 ]








Comentários