Princesa Isabel
- Larissa Mancia
- 6 de mai.
- 2 min de leitura
Atualizado: 13 de jul.
A Primeira Chefe de Estado e a Mulher que Aboliu a Escravidão no Brasil.
Em vez de se dedicar às "prendas domésticas", a Princesa Isabel, do século XIX, recebeu a mesma educação destinada aos meninos. Ela foi a primeira mulher a exercer a regência do império e assinou a lei que aboliu definitivamente a escravatura no Brasil.
Isabel nasceu em 29 de julho de 1846 no Rio de Janeiro, foi a segunda filha de D. Pedro II. Seu irmão mais velho Afonso, morreu com apenas dois anos de idade e o mais novo Pedro Afonso com apenas um, em 1850. Essas tragédias distanciaram Isabel dos padrões de vida reservado as mulheres daquela época que era o casamento e a procriação.
Princesa Isabel por Galeria da Lalo e Princesa Isabel Retrato por Joaquim José Insley Pacheco, 1887
Após perder seus dois irmãos homens, Isabel tornou-se a única herdeira do trono. Educada para comandar, ela dedicava até 10 horas por dia aos seus estudos. Com seus pais frequentemente ausentes, a responsabilidade ficava com a condessa do Barral, Luíza de Barros, que desempenhou um papel fundamental na formação de Isabel, sendo uma mulher emancipada, inteligente e filha de um grande abolicionista.
Isabel se tornou uma jovem culta e religiosa como previa a constituição do país na época. Aos catorze anos ela jurou se comprometer a obedecer as leis do imperador e manter o catolicismo no país. Uma das maiores preocupações de D. Pedro II era garantir que o casamento de sua sucessora produzisse um herdeiro para o trono, assim em 1864 Isabel se casou. Ela teve serias dificuldades para engravidar levando quase uma década para gerar o primeiro filho do casal o principe Pedro. Depois ela ainda foi mãe de mais duas crianças:
Luis e Antonio.
Durante sua primeira regência, Isabel assinou a Lei do Ventre Livre, garantindo que os negros que nascessem no país não fossem escravizados. E, ao assinar a Lei Áurea em 1888, ela fez história, mesmo sabendo que isso resultaria no exílio de sua família. No entanto sua atitude foi extremamente necessária para por um ponto final nesse triste período de nossa história. D Pedro II provavelmente teria levado mais alguns anos para encerrá-lo, pois seu compromisso com os fazendeiros que se beneficiavam da escravidão era grande.
Com o fim da escravatura os ideiais da monarquia já não se sustentavam mais. Apenas um ano e meio após a ler ser sancionada, um golpe militar instaurou a República. Na madrugada de 17 de novembro de 1889, sem nenhum tipo de combate a família imperial foi banida e forçada ao exílio. Era o início de um período bastante triste na vida de Isabel, que perderia seus pais e dois filhos.
Isabel viveu na França até os 75 anos, mas seu legado de coragem e justiça perdura. Apesar das consequências de sua decisão, ela fez o que era certo, lutando pela liberdade e dignidade de todos. Que sua história nos inspire a sempre defender o que é justo, independentemente dos desafios!
Trechos retirados e inspirados no livro Extraordinárias - Mulheres que Revolucionaram o Brasil [Ed. Seguinte I 2019 ]








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